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Pelos olhos ternos do menino, a camaradagem e os sinais das mudanças na Angola do pós-independência


(Esta resenha foi publicada originalmente no livro:CHAVES, Rita, MACÊDO, Tania & VECCHIA, Rejane (orgs.). A kinda e a misanga – Encontros brasileiros com a literatura angolana. São Paulo/Luanda: Cultura Acadêmica/Nzila, 2007, pp. 293-301.

Ternura, companheirismo, camaradagem. É com essas palavras, e com o profundo sentido de humanidade que elas portam, que desejamos começar a nos acercar do romance Bom Dia Camaradas, do escritor angolano Ondjaki. Conceitos que, nesses nossos tempos ditos globalizados, parecem muitas vezes terem perdido grande parte de seu significado. Na obra de Ondjaki, contudo, tais conceitos ganham força e relevo, espalhando-se por toda a narrativa, ainda que de modo não exatamente explícito, mas sutil, revelando-se no seio das relações humanas retratadas.

Publicado em 2003, quinto livro do artista múltiplo Ondjaki, Bom Dia Camaradas é uma viagem ficcional à infância do autor, vivida nos anos 1980, portanto já após a libertação nacional. A narrativa é escrita em primeira pessoa e, por esse viés, a realidade sócio-política de Angola nas idas e vindas do pós-independência nos é revelada pelos olhos do menino Ndalu. Por si só, o ponto de vista infantil da narrativa já é responsável por grande parte da beleza poética da obra, marcada por um tom leve, muitas vezes cômico, mas sempre revelador da humanidade dos homens e da imensa complexidade que é a vida de todos nós.

O elemento que organiza o dia-a-dia do narrador-personagem é justamente a escola. Escola que era, recordemo-nos, uma efetiva trincheira da revolução angolana. Dessa forma, diante de um quadro educacional catastrófico legado pelo colonialismo português, como mais um de seus males – em que os africanos dificilmente tinham acesso às escolas e, quando o tinham, aprendiam apenas elementos da cultura portuguesa –, era necessário ao partido no governo após o 11 de Novembro, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), transformar completamente este sistema educacional. Para tal, era fundamental a criação de mais e mais escolas e a modificação radical das concepções pedagógicas. Afinal, a educação, se não é o motor único e isolado da transformação social, como bem pontua Joaquim Severino (s./d., pp. 95-101), não deixa de ser uma peça importante deste processo, destacada, por exemplo, por Silvio Gallo, em um estudo sobre educação anarquista,

“Se os homens são socialmente produzidos, não basta que construamos uma nova sociedade, é preciso também que construamos um novo homem para essa nova sociedade. Tal é a função da educação, que não pode ser apenas posterior ao processo revolucionário, mas deve ser concomitante a ele, sendo um de seus aspectos. À medida em que preparamos as bases materiais de uma nova sociedade, devemos também preparar o homem para viver essa sociedade”. (1995, p. 221)

Tal percepção era sentida pelo MPLA desde seus primórdios, como se pode ver por aquele que é considerado seu primeiro manifesto, de 1956, que já apontava como um dos males maiores do colonialismo a privação da educação formal e do “acesso à cultura, às artes, à literatura, às ciências, às técnicas” (apud ANDRADE & REIS, s./d.). Já o “Programa Maior” do MPLA, de 1961, defendia o “Desenvolvimento da instrução, da cultura e da educação ao serviço da liberdade e do progresso pacífico do povo angolano” (apud MORAIS & RÊGO, 1962, p. 81), a necessidade de reformular a educação, eliminando seus traços coloniais e fazendo da “instrução pública” uma “competência do Estado” (apud FORTUNATO, 1967, p. 70). A prática dessas concepções foi iniciada ainda durante os anos de luta armada de libertação nacional, por intermédio das escolas criadas e mantidas nas zonas libertadas e, mesmo, nas bases guerrilheiras. Numa visão de ensino progressista, buscava-se propiciar a apreensão crítica das tradições culturais dos diversos povos angolanos, bem como de toda a humanidade, formando a consciência nacional. Com a proclamação da República Popular de Angola, a educação foi assumida como fator preponderante para a revolução que se desejava realizar. Assim, por exemplo, os livros didáticos continham, na contracapa, o lema “Estudar é um dever revolucionário” (CENTRO DE INVESTIGAÇÃO PEDAGÓGICA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DA R.P.A., 1983), enquanto uma placa de propaganda, na Luanda dos anos 1980, anunciava “Avançar no estudo é avançar na luta pelo Poder Popular”. A própria Proclamação de Independência já assinalava: “A República Popular de Angola reafirmará o propósito inabalável de conduzir um combate vigoroso contra o analfabetismo em todo o País, promover e difundir uma educação livre, enraizada na cultura do Povo Angolano” (Idem, ibidem, p. 267).

Desse modo, acentuando a importância da educação formal para a Angola do período, o cotidiano do personagem Ndalu é todo organizado em função da escola, freqüentada durante as tardes. E a escola vista não somente por seu caráter de ensino, mas por sua condição maior de iniciação dos jovens no mundo do conhecimento e das diversas tradições humanas, o que permite a formação das crianças e também a sobrevivência do próprio mundo das tradições. Na narrativa de Ondjaki, marcam presença não apenas as aulas em si, mas o próprio convívio com os professores. Dentre estes, ganham relevo os professores cubanos, com todas as suas particularidades, apontando uma faceta bastante importante da colaboração camarada do governo socialista de Cuba com a jovem nação angolana, a qual buscava se iniciar na trilha tão árdua da construção do socialismo. Além disso, é também fundamental em Bom Dia Camaradas a convivência de Ndalu com os outros alunos, as amizades, conversas, brincadeiras, as colas nas provas, entre outros elementos dessa relação.

Por meio da vivência de Ndalu e de seu olhar de criança – e um momento decisivo em sua trajetória é a estadia da tia Dada em sua casa, vinda de Portugal, quando o menino se dá conta das especificidades da realidade angolana –, mostram-se diversos componentes da vida de Angola no fim dos 80. Dessa maneira, comparecem, por exemplo, os cartões de abastecimento, sistema pelo qual os cidadãos angolanos tinham acesso aos bens e mercadorias. Há também no texto a presença de um comício em comemoração ao 1º de Maio, com a intensa e agitada participação dos alunos das diversas escolas de Luanda, divertindo-se muito ao gritar bem alto os lemas revolucionários do país, na presença do presidente da nação, José Eduardo dos Santos. Presidente, aliás, que também se mostra como uma particularidade da vida social do país, já que, por exemplo, quando a comitiva presidencial passa pelas ruas da capital, todos os carros dos cidadãos que trafegam pela mesma via devem acostar-se e seus passageiros devem desocupá-los, tomando posição de sentido, de forma a que as FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola) percebam claramente que não há riscos de atentado ao presidente – sinais de um país em constante guerra. Guerra que é presença no cotidiano e no imaginário das próprias crianças, participando das conversas e brincadeiras, dos desenhos, das redações escolares.

Reforçando o elemento guerreiro do imaginário infantil, destaca-se o episódio do “Caixão Vazio”. Tal termo, ao ser pronunciado, provocava um grande medo aos alunos. Segundo as crianças luandenses personagens do livro de Ondjaki, o nome Caixão Vazio designava um grupo constituído por aproximadamente quarenta homens, ou mais, todos gregos (sabe-se lá a razão de tal nacionalidade) e vestidos de preto, que chegavam em um caminhão, o qual também transportava um caixão, e invadiam as escolas, armados com fuzis e metralhadoras, roubando as mochilas dos alunos, violentando as professoras, desaparecendo com muitas crianças. A história do Caixão Vazio circulava pelas escolas da capital angolana, aterrorizando por completo as crianças. Na escola de Ndalu não poderia ser diferente. O boato das invasões do Caixão Vazio espalha-se rapidamente e Ndalu e seus amigos elaboram mapas com a localização das escolas da cidade, com o objetivo de tentar prever quando será a invasão à escola em que estudam, além de traçarem verdadeiras rotas de fuga para o momento fatídico. O dia tão temido chega, há um recado na lousa da sala de Ndalu informando que os terríveis homens chegarão. A situação é desesperadora e ao mesmo tempo muito cômica, provocando a nós, leitores, boas risadas: as crianças em completo pânico, saindo correndo por todos os lados após a visão da poeira que se levantava da estrada por onde vinha o suposto caminhão, e o camarada professor de Química, um dos colaboradores cubanos, tentando impedir a fuga descontrolada dos alunos, convocando-os a resistirem com as armas disponíveis, que eram apenas as mesas e as carteiras da sala-de-aula. Rimos ainda mais quando, juntamente com Ndalu, descobrimos o que efetivamente se passara na escola: não houve, logicamente, Caixão Vazio nenhum, mas sim e tão somente a tão preparada – pela diretora e por todos os professores – visita do camarada inspetor do Ministério da Educação... Inevitavelmente para nós, leitores brasileiros, ao menos os de nossa geração, a história do Caixão Vazio faz-nos lembrar da famosa “loira do banheiro”, que nos aterrorizava durante os anos escolares, com seus algodões nos olhos e nariz. A história do Caixão Vazio é, assim, verdadeiramente deliciosa, embarcando-nos numa viagem a nossa própria vivência infantil.

Além de nos propiciar essas boas recordações, e de nos mostrar, pelos olhos de uma criança, a sociedade angolana do pós-independência, Bom Dia Camaradas traz-nos, com muita sutileza e mesmo delicadeza, a noção do aprendizado da vida, com suas imensas alegrias e também com suas infindáveis dores. Dessa maneira, as mais profundas questões da existência humana são abordadas de forma muito bela e complexa. A principal delas é o caráter de finitude das coisas, dos momentos históricos e da própria vida dos indivíduos. Um dos sinais dessa finitude é justamente – a marcar, mais uma vez, a importância da escola para as crianças – o fim do ano letivo. A temporalidade das crianças é organizada principalmente pelo calendário escolar, e o fim do ano letivo marca uma virada nesse processo. Nele, muitos elementos se modificam: mudam vários professores, alguns colegas partem para outras escolas, cidades, províncias, ou mesmo outro país, como seria o caso do colega de Ndalu, Bruno. Na obra de Ondjaki, o fim do ano escolar é marcado também pelo retorno a Cuba dos professores colaboradores, já que, como diz o camarada professor Ángel,

“Ustedes son jóvenes, pero ya se deben haber dado cuenta de que muchas cosas han cambiado em su país en los últimos tiempos... Las tentativas de acuerdos de paz, la llamada presión internacional, todo eso no pasa solamente en el telediario, va a pasar de verdad en su país, en sus vidas, en sus amistades… Su país está cambiando de rumbo y eso, como siempre, tiene consecuencias” (ONDJAKI, 2003, p. 109).

Desse modo, pelos olhos de Ndalu, é representada na obra a mudança de caminhos da nação angolana, a qual, a pouco e pouco, foi abandonando a construção do socialismo e do poder popular para integrar-se, de forma periférica, ao sistema capitalista mundial, intentando, por exemplo, em 1987, tecer acordos com o FMI (Fundo Monetário Internacional), um dos símbolos máximos deste sistema econômico. A partida dos professores cubanos é, portanto, um momento de mudança não somente na vida daqueles alunos, mas revela-se uma metáfora do processo mais amplo vivido por toda a sociedade angolana. É importante ter em mente que, em 1989, não por acaso ano da queda do Muro de Berlim, o governo do MPLA e a Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola) assinaram um acordo de paz em Gbadolite, Zaire, numa grande reunião de chefes de Estado promovida por Mobutu. Já na década seguinte, em 1991, há a assinatura de um novo acordo de paz entre as duas forças beligerantes, o Acordo de Bicesse, em que se define o fim do regime monopartidário e a realização de eleições diretas para o ano seguinte. As eleições de fato ocorrem em setembro de 1992, mas os resultados do primeiro turno, que indicavam a vitória de José Eduardo dos Santos, são rejeitados pela Unita, que retoma a guerra, a qual se prolongou até fevereiro de 2002. Em meio a esse quadro, a colaboração do governo cubano com a república angolana, por meio de seus cidadãos, vai chegando ao fim, daí o retorno dos professores cubanos de Ndalu. Essa partida guarda também, na trajetória do menino, o sentido do fim de um contato humano profundo, de intensas trocas, o encontro pedagógico: “o ensino é antes de mais nada uma relação humana, cujo sentido varia com a idade e personalidade dos que entram em relação. Tem esta um valor em si próprio e por si própria é educativa independentemente da actividade especializada que lhe serve de pretexto e de matéria para a sua institucionalização” (GUSDORF, 1970, p. 66). O ensino é, assim, um meio para o fim que efetivamente importa, o processo educativo, o qual é, nas palavras do mesmo Gusdorf, a “promoção geral da humanidade no homem” (1970, p. 18). O caso dos professores cubanos representados em Bom Dia Camaradas é ainda mais significativo pois representa, além do próprio encontro que existe em toda relação pedagógica, um exercício concreto da solidariedade entre dois povos, solidariedade socialista, internacionalista – numa palavra, humana.

Após o discurso do professor Ángel, que anuncia o retorno a Cuba e a nova realidade da nação angolana, há o brinde entre as pessoas reunidas na ocasião, alunos, pais e professores. Segue-se então um dos momentos mais fascinantes e tocantes da narrativa, revelador da sensibilidade infantil diante das mudanças e do fim das coisas. Por sua imensa beleza, não resistimos e o citamos inteiramente:

“Na minha cabeça chegou uma mistura de frases: um brinde à partida de tantos cubanos, um brinde ao fim do contacto com os camaradas cubanos, um brinde ao fim dessa colaboração de amizade daquele povo com o nosso, um brinde também ao fim do ano lectivo, um brinde, já agora, à partida do Bruno, um brinde ao facto de não sabermos quem fica na turma para o ano que vem, um brinde porque não sabemos se alguém vai escrever para estes professores cubanos, um brinde porque eles quando chegarem lá em Cuba, por causa do tempo cumprido em Angola, se calhar vão ter melhores condições de vida, quem sabe mais carne por semana, quem sabe um carro, quem sabe algum dinheiro a mais, quem sabe... Já agora um brinde às palavras sinceras do camarada professor Ángel, um brinde às lágrimas da camarada professora María, um brinde ao orgulho que ela sentiu ao ver o marido falar, um brinde aos rapazes desta sala que estavam também com vontade de chorar, um brinde a Cuba, por favor, um brinde a Cuba, um brinde aos soldados cubanos tombados em solo angolano, um brinde à vontade, à entrega, à simplicidade dessas pessoas, um brinde ao camarada Che Guevara, homem importante e operário desimportante, um brinde aos camaradas médicos cubanos, um brinde a nós também, as crianças, as ‘flores da humanidade’, como nos disse o camarada professor Ángel, um brinde ao futuro de Angola neste novo rumo, um brinde ao Homem do amanhã, e claro, como é que íamos esquecer isso, Cláudio?, um brinde ao Progresso!” (ONDJAKI, 2003, pp. 112-113).

Outro episódio do texto marca o caráter de finitude da vida, em seu sentido literal. É a morte do camarada António, o cozinheiro da família de Ndalu. Tal personagem era uma presença especialmente importante para o menino, com suas conversas sobre a situação angolana (e António não via com muitos bons olhos a independência, ao contrário de Ndalu, nascido após o 11 de Novembro e defensor entusiasmado da libertação nacional), seu jeito de servir água ao menino, de dizer para qualquer coisa que são apenas “vinte minuto”, seu jeito próprio e marcante de mais-velho.

Nessa obra, em que o universo privado casa-se a todo momento com o público, a morte do camarada António, o fim do ano letivo, a partida dos professores cubanos, tudo se associa e se mistura à assinatura do acordo de paz entre MPLA e Unita, com as promessas de eleições livres, de fim do monopartidarismo, enfim, com as grandes mudanças políticas da nação angolana. E, em meio a esse ponto de virada, individual e coletivo, mostra-se o sentimento esperançoso da criança. No momento final da narrativa, desaba sobre Luanda uma baita chuva – e a água, lembremo-nos, é símbolo de vida e de mudança – e Ndalu recorda-se de uma professora que dizia que a chuva iniciava um novo ciclo. O menino então imagina o que aconteceria se chovesse em todo o território angolano e “Depois sorri. Sorri só” (ONDJAKI, 2003, p. 135).

A narrativa de Ondjaki – e não podemos nos esquecer de que ela foi escrita já nesse novo milênio, quando muitas águas efetivamente rolaram, em Angola e no mundo todo –encerra-se dessa maneira, com um sorriso infantil de esperança no futuro da nação. Com singeleza. Com ternura. Companheirismo e camaradagem. Ondjaki brindou-nos com um romance belíssimo, reforçando que veio mesmo para ficar na literatura angolana, seduzindo leitores mundo afora e levando, por onde anda, as histórias de Angola, com suas belezas e misérias, e com muita, muita esperança no futuro da humanidade.

Referências Bibliográficas

ANDRADE, Mário & REIS, Maria do Céu [orgs.]. Ideologias da Libertação Nacional – “Textos de Apoio”. Maputo: Centro de Estudos Africanos – Universidade Eduardo Mondlane, s./d.

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO PEDAGÓGICA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DA R.P.A. Textos Africanos de Expressão Portuguesa. Luanda: CIP/Ministério da Educação, 1983.

GALLO, Silvio. Educação anarquista: um paradigma para hoje. Piracicaba: Ed. Unimep, 1995.

GUSDORF, Georges. Professores para quê?: para uma pedagogia da pedagogia. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

MORAIS, João M. Tito de & RÊGO, Victor da Cunha. Angola Através dos Textos. São Paulo: Felman-Rego, 1962.

ONDJAKI. Bom Dia Camaradas. Maputo: Ndjira, 2003.

SEVERINO, Joaquim. O espaço de contradição da educação e sua força transformadora. In Educação, Ideologia e Contra Ideologia. São Paulo: EPU, pp. 95-101.

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Geração armada: literatura e resistência em Angola e no brasil
É o título do livro originado da dissertação de mestrado que defendi na USP, no programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa. Trabalhei com o romance A geração da utopia, do escritor angolanod Pepetela, e com o testemunho Viagem à luta armada, de Carlos Eugênio Paz, ex-militante da ALN.

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