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Num reino cor de burro quando foge

Com texto tecido delicada e cuidadosamente, o livro, voltado a crianças já com domínio de leitura, mas que também pode ser contado a crianças menores, fala de preservação ambiental por meio de uma narrativa que foge a estereótipos e obviedades.

Trata-se da história de um reino que precisou mudar radicalmente seus hábitos depois que seu rei, que era quem plantava água e assim colhia as nuvens que traziam a chuva, ficou doente e impedido de seguir seu trabalho. O consumo irrefletido cedeu lugar à falta de água, tanta que fez o reino ficar muito sujo, todo recoberto por poeira, da cor que dá nome ao livro, essa indefinida cor de burro quando foge.

A salvação do rei é obtida pela intervenção de um andarilho que chega ao reino e que, interessado pelo jeito descontraído de uma das moças do lugar, se anima a buscar a rosa milagrosa cujo chá curaria o rei. Mas, quando a saúde volta ao rei e ao reino, a moça retoma suas vaidades e o andarilho nada mais quer com ela, partindo para outros lugares que precisassem de sua ajuda. O reino passou a se chamar Cor de Burro Quando Foge, a fim de guardar a memória do que viveu e já não gastar mais água da maneira como fazia antes.

As belas ilustrações – colagens de desenhos, bordados e costuras – fazem ainda com que cada página desta obra proporcione grande encanto visual, além de deixar muito espaço para a imaginação do leitor, pois não se conhecem os rostos do rei ou da rainha, nem mesmo do andarilho.

CAMARGO, Maria Amália. Num reino cor de burro quando foge. Ilus. Ionit Zilberman. São Paulo: Girafinha, 2009. 40 p. il.

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Geração armada: literatura e resistência em Angola e no brasil
É o título do livro originado da dissertação de mestrado que defendi na USP, no programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa. Trabalhei com o romance A geração da utopia, do escritor angolanod Pepetela, e com o testemunho Viagem à luta armada, de Carlos Eugênio Paz, ex-militante da ALN.

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